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O que é o GitOps?


O GitOps é uma estrutura operacional que emprega melhores práticas de DevOps usadas para o desenvolvimento de aplicações, como controle de versão, colaboração, conformidade e CI/CD, e as aplica à automação da infraestrutura.

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O que é GitOps?

Embora grande parte do ciclo de vida do desenvolvimento de software tenha sido automatizado, a infraestrutura continua sendo um processo amplamente manual que exige equipes especializadas. Com as demandas impostas à infraestrutura atual, tornou-se cada vez mais importante implementar sua automação. A infraestrutura moderna precisa ser elástica para poder gerenciar efetivamente os recursos de nuvem necessários para implantações contínuas.

Aplicações modernas e nativas da nuvem são desenvolvidas com velocidade e capacidade de dimensionamento em mente. As empresas com uma cultura de DevOps avançada podem implantar código na produção centenas de vezes por dia. As equipes de DevOps podem fazer isso por meio de melhores práticas de desenvolvimento, como controle de versão, revisão de código e pipelines de CI/CD que automatizam testes e implantações.

O GitOps é usado para automatizar o processo de provisionamento da infraestrutura, especialmente da infraestrutura de nuvem moderna. Da mesma forma que as equipes usam o código-fonte da aplicação, as equipes de operações que adotam o GitOps usam arquivos de configuração armazenados como código (infraestrutura como código). Os arquivos de configuração GitOps geram o mesmo ambiente de infraestrutura toda vez que são implantados, assim como o código-fonte da aplicação gera os mesmos binários de aplicação toda vez que é compilado.

Como as equipes colocam o GitOps em prática?

GitOps não é um único produto, plugin ou plataforma. Não existe uma resposta única para essa questão, pois a melhor maneira de as equipes implementarem o GitOps vai variar de acordo com as necessidades e os objetivos específicos da equipe. No entanto, algumas dicas para começar a usar o GitOps incluem usar um repositório GitOps dedicado para que todos os membros da equipe compartilhem configurações e código, automatizar a implantação de alterações no código e configurar alertas para notificar a equipe quando ocorrerem alterações.

O GitOps requer três componentes principais:

IaC

O GitOps usa um repositório Git como a fonte única de verdade para definir a infraestrutura. O Git é um sistema de controle de versão de código aberto que rastreia as alterações de gerenciamento de código. Já um repositório Git é uma pasta .git em um projeto que rastreia todas as alterações feitas nos arquivos do projeto ao longo do tempo. A infraestrutura como código (IaC) é a prática de manter toda a configuração de infraestrutura armazenada como código. O estado desejado real pode ou não ser armazenado como código (por exemplo, número de réplicas ou pods).

MRs

O GitOps usa solicitações de merge (MRs) ou solicitações de pull (PRs) como o mecanismo de alteração para todas as atualizações de infraestrutura. É nas MRs ou PRs que as equipes podem colaborar por meio de revisões e comentários, e onde são feitas as aprovações formais. Um merge faz commits no seu branch principal (ou troco) e serve como um log ou trilha de auditoria.

CI/CD

O GitOps automatiza as atualizações de infraestrutura usando um fluxo de trabalho do Git com integração e entrega contínuas (CI/CD). Quando um novo código é mesclado, o pipeline de CI/CD executa a alteração no ambiente. Qualquer desvio de configuração, como alterações ou erros manuais, é substituído pela automação do GitOps para que o ambiente retorne ao estado desejado definido no Git. O GitLab usa pipelines de CI/CD para gerenciar e implementar a automação do GitOps, mas outras formas de automação, como operadores de definições, também podem ser usadas.

Desafios do GitOps

Como em qualquer esforço colaborativo, a mudança pode ser complicada, e com o GitOps não é diferente. O GitOps é uma mudança de processo que exigirá disciplina de todas as pessoas envolvidas e um compromisso com a adoção de novas práticas. É fundamental para as equipes documentar tudo detalhadamente.

O GitOps permite uma maior colaboração, mas isso não é necessariamente algo natural para algumas pessoas ou empresas. Um processo de aprovação do GitOps significa que os desenvolvedores fazem alterações no código, criam uma solicitação de merge, um aprovador faz o merge dessas alterações e, por fim, elas são implantadas. Essa sequência introduz um elemento de "aprovação coletiva" na infraestrutura, o que pode parecer tedioso e demorado para equipes de engenharia acostumadas a fazer mudanças rápidas e manuais.

É importante que todas as pessoas na equipe registrem o que está acontecendo nas solicitações e nos tíquetes de merge. A tentação de editar algo diretamente na produção ou alterar algo manualmente será difícil de eliminar, mas quanto menos práticas informais e improvisadas ("cowboy engineering") houver, melhor o GitOps funcionará.

Benefícios do GitOps

O GitOps tem muitos benefícios, inclusive maior eficiência e segurança, uma melhor experiência do desenvolvedor, custos reduzidos e implantações mais rápidas.

Com o GitOps, as empresas podem gerenciar toda a infraestrutura e o ciclo de vida do desenvolvimento de aplicações usando uma só ferramenta unificada. Isso permite uma maior colaboração e coordenação entre as equipes e resulta em menos erros e maior velocidade de resolução de problemas.

Além disso, o GitOps pode ajudar as empresas a aproveitarem contêineres e microsserviços e a manterem a uniformidade em toda a sua infraestrutura: desde configurações de clusters Kubernetes e imagens Docker até instâncias na nuvem e servidores locais.

Qual é a diferença entre GitOps e DevOps?

Existem algumas diferenças essenciais entre GitOps e DevOps. Primeiro, o GitOps depende muito da automação e de ferramentas para gerenciar e implantar alterações de código, enquanto o DevOps se concentra mais na comunicação e na colaboração entre as equipes. Além disso, o GitOps é normalmente usado em conjunto com tecnologias de conteinerização, como o Kubernetes, enquanto o DevOps pode ser usado com qualquer tipo de aplicação.

O GitOps é um branch do DevOps que se concentra no uso de repositórios de código Git para gerenciar implantações de infraestrutura e código de aplicações. A principal diferença entre os dois é que, no GitOps, o repositório Git é a fonte da verdade para o estado de implantação, enquanto no DevOps, são os arquivos de configuração da aplicação ou do servidor.

O que é um fluxo de trabalho do GitOps?

Um fluxo de trabalho do GitOps refere-se a uma abordagem sistemática e controlada por versão para o gerenciamento de infraestrutura e aplicações. Imagine tratar as operações do seu sistema com o mesmo rigor que você espera do seu codebase. No GitOps, os repositórios Git servem como a fonte única de verdade para configurações de sistema e infraestrutura.

As alterações nas configurações são feitas por meio de solicitações de pull, garantindo revisões por pares e trilhas de auditoria para atualizações. As ferramentas automatizadas implementam essas mudanças, permitindo implantações uniformes e reproduzíveis. Essa metodologia permite alta velocidade, capacita a colaboração entre membros da equipe e aumenta a eficiência operacional por meio de documentação e rastreabilidade claras.

Principais componentes de um fluxo de trabalho do GitOps

Um fluxo de trabalho do GitOps é criado em torno de quatro componentes fundamentais, cada um desempenhando um papel fundamental na otimização da implantação e do gerenciamento de aplicações.

1. Repositório Git: serve como o elemento fundamental, atuando como a fonte central da verdade para o código da aplicação e sua configuração. Ao armazenar todas as informações críticas no repositório Git, as equipes garantem uniformidade e transparência em todo o ciclo de vida do desenvolvimento.

2. Pipeline de entrega contínua (CD): o pipeline de CD automatiza os processos de criação, teste e implantação da aplicação. Ele preenche a lacuna entre o desenvolvimento e a implantação de código, facilitando uma transição suave do ambiente de desenvolvimento para o de produção, enquanto garante que a aplicação atenda aos padrões de qualidade estabelecidos.

3. Ferramenta de implantação de aplicações: essa ferramenta é responsável por implantar a aplicação no ambiente desejado. Ela lida com a orquestração e o gerenciamento dos recursos da aplicação, garantindo que a aplicação seja implantada de forma correta e eficiente de acordo com as configurações definidas no repositório Git.

4. Sistema de monitoramento: essencial para manter a integridade da aplicação, o sistema de monitoramento acompanha de perto o desempenho dela. Ele coleta dados e oferece à equipe de desenvolvimento informações detalhadas e feedback, permitindo que tomem decisões informadas e resolvam rapidamente qualquer problema que possa surgir.

Juntos, esses componentes criam um fluxo de trabalho do GitOps coeso que não apenas melhora a eficiência e a confiabilidade das implantações de aplicações, mas também está alinhado com as práticas modernas de DevOps, enfatizando a automação, o monitoramento e a melhoria contínua.

O que torna o GitOps eficaz?

Assim como acontece com qualquer termo de tecnologia emergente, o GitOps não é definido de maneira estrita e uniforme pelo setor. Os princípios do GitOps podem ser aplicados a todos os tipos de automação de infraestrutura, como VMs e contêineres, e podem ser muito eficazes para equipes que desejam gerenciar infraestrutura baseada em Kubernetes. Enquanto muitas ferramentas e metodologias prometem implantações mais rápidas e gerenciamento contínuo entre código e infraestrutura, o GitOps se diferencia por focar em uma experiência centrada no desenvolvedor. O gerenciamento de infraestrutura por meio do GitOps ocorre no mesmo sistema de controle de versão que o desenvolvimento de aplicações, permitindo que as equipes colaborem mais em um local centralizado, aproveitando os recursos integrados do Git.

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